Corvo,
fiquei pensando aqui em meu caixão...
Já faz bastante tempo que,
não escrevia algo para ti.
Tentei encontrar palavras,
encontrar ações para descrever,
mas só sei que quando vou dizer,
as sombras, já começam a me chamar...
Me lembro do tempo que me encontrava sozinho,
no cemitério, apenas vendo as folhas a cair
e sem nenhuma alma por perto para sentir...
E mesmo assim, você apareceu.
Me ensinou a entender,
me ensinou a conviver...
Mostrou os caminhos da vida,
me mostrou qual anjo buscar...
Mas agora, vejo que o inverno esta chegando,
e a sua natureza é fugir do gelado coração...
Queria pedir para que ficasse,
mas... Seria errado, seria... Incorreto...
Um pedido,
um desejo...
Queria apenas entender
o que o destino quer me ensinar...
Corvo...
No que devo fazer? Para você
permanecer a me ajudar?
Medo de mudanças,
medo de ver o sol nascer,
medo de sentir o vento enfraquecer...
Poderia me dizer ao menos,
onde, com suas asas irá?
Para ao menos saber...
Que um dia ainda poderei te ver.
Na minha vida sempre quis um anjo,
uma alma para ser feliz,
e por isso peço desculpas,
de sempre ser clichê,
com as nossas conversas, ao longo da noite.
A noite esta acabando,
tenho que fugir da luz,
agora é a nossa hora de se despedir,
mas por favor...
Tente, sempre seguir, o vento...
Nele nada irá te machucar,
as sombras nunca irão te seguir,
o espirito sempre te protegerá.
E a dor, nunca... Te encontrará.
" Muitas vezes pensamentos me consomem...
Qual é o sentido de viver,
por que precisamos sempre sentir,
para sofrer?
Rosas negras estão em meu jardim,
mas nenhuma, é aquela que tanto quero...
Nenhuma, é aquela que tanto espero...
Um dia será que irei te encontrar?
Ou nas sombras, continuarei a ficar?"
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